Pesquisadores desenvolvem novas drogas que reduzem mortalidade do ebola

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Foto: Wikimedia Commons

“De agora em diante, não podemos mais dizer que o Ebola é incurável”, disse Jean-Jacques Muyembe, diretor-geral do Instituto Nacional de Pesquisas Biomédicas da República Democrática do Congo.

Na segunda-feira (12), a OMS (Organização Mundial da Saúde) e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) declararam que pesquisadores da República Democrática do Congo conseguiram desenvolver um método clinicamente acurado para combater o Ebola.

A doença é viral se apresentando na forma de uma febre hemorrágica fatal e altamente contagiosa, e até então não existia tratamento capaz de curar os doentes, apenas uma vacina anti-ebola experimental havia sido capaz de impedir o contágio.

Os cientistas compararam os resultados dos testes de três medicamentos agindo em pacientes portadores da febre com o tratamento vigente efetuado com o ZMapp, droga que havia tido maior taxa de sucesso em combater a doença até então.

A taxa de mortalidade do Ebola varia de 67 a 75%, aqueles medicados com o ZMapp já apresentavam uma redução para 49%. Uma mortalidade ainda muito alta, apesar de menor comparada com a do Remdesivir (outra droga usada para combater o vírus).

Os dois novos fármacos utilizados são chamados de REGN-EB3 e mAb114, e são capazes de neutralizar a infecção do vírus nas células humanas agindo em conjunto com os próprios anticorpos do organismo.

Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA (da sigla em inglês, NIAID), anunciou que comparados as taxas de mortalidade do ZMapp (49%) e do Remdesivir (53%), houveram menos mortes nos tratamentos efetuados com os compostos REGN-EB3 (29%) e mAb114 (34%).

Melhor do que isso, quando pacientes em que o tratamento foi realizado imediatamente após a aparição dos primeiros sintomas esses números caíram para 11 e 6% com o mAb114 e com o REGN-EB3, respectivamente.

Mike Ryan, diretor de emergências de saúde da OMS, afirma que “essas notícias são mais um passo para salvar mais vidas”. Porém ressalta que apesar de o “sucesso ser claro” ainda existe muita tragédia envolto nesse processo e muitas pessoas se afastando dos centros de tratamento ou que não são atendidas a tempo.

Fonte: Galileu e ONU News.

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