A inteligência artificial (AI) está na moda, e toda a mídia vem se ocupando do tema de forma acalorada, com opiniões que abordam aspectos éticos, econômicos e a interferência desta tecnologia no futuro da humanidade.
Inteligência artificial (AI) no âmbito da Ciência da Computação é a área responsável pela simulação da inteligência e do comportamento humano com o uso de máquinas.
Os humanos são constituídos de cabeça, tronco, membros e um celular. Assim a AI está no seu celular, nas indústrias, no agronegócio e há muito tempo no nosso dia a dia permeando todas as atividades humanas. Interagimos no consultório com computadores, internet e temos programas de controle de dados e dos pacientes. No diagnóstico, a AI está presente em todas as áreas e principalmente nas que utilizam máquinas onde imagens e fotos são geradas.
Ao realizar busca temática na internet, observamos que existem recursos baseados na AI onde se pode prever resultados de tratamentos e medicamentos, inclusive na terapia celular, que em minha opinião é a medicina do futuro.
No ano de1971 há o relato do primeiro artigo científico sobre AI. A partir do ano 2000 o número de artigos já era superior a 400 e hoje este número nas mais diversas áreas da medicina já supera o total de 5.000 por trimestre. Ou seja, o aumento é progressivo e devemos nos debruçar sobre o motivo da polêmica atual? A resposta é de que isto se deve a um chat de perguntas e respostas do usuário comum com a máquina que dá respostas imediatas sobre qualquer tema e em forma de texto.
O programa citado é o Open AI mas já existem outros similares a disposição. Um dos pontos a ressaltar é que a AI impacta na elaboração de conteúdos e de textos. Hoje a polêmica está instalada, e o congresso americano está se movimentando, e iniciou uma discussão para elaborar uma legislação sobre o tema, pois estes programas interferem nos direitos dos autores e atinge a todo mercado editorial mundial.
Outro alerta é de que os programas podem conter riscos e erros, inclusive de utilizar informações falsas ou equivocadas em suas respostas.
Com o objetivo prático de avaliar a performance do chat Open AI, elaborei uma sequência de questões em inglês com o objetivo de compor um artigo de revisão sobre transplante de células tronco hematopoiéticas. Ao final, recebi um belo texto que poderia ser submetido, e provavelmente publicado em alguma revista desavisada na qual não ocorresse uma revisão adequada ou avaliação do texto por um nativo da língua inglesa.
Em seguida submeti o texto oriundo do Open AI, e este de minha autoria ao chat zero GPT e prontamente recebi a resposta de que o texto gerado pela plataforma de AI tinha 100% de chance de ser oriundo de uma máquina e o meu pessoal de 0%. Assim em questão de segundos conclui que a máquina percebeu a existência da centelha humana, que creio nunca deverá desaparecer, e nos deu como resposta o título que encabeça este texto.
Milton Artur Ruiz
Coordenador da Unidade de TMO e Terapia Celular do Hospital Infante D. Henrique da Associação Portuguesa de Beneficência de SJ do Rio Preto, SP.