ANS lança campanha contra cesarianas desnecessárias

Medida faz parte do programa Parto Adequado, da agência

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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou nova edição da campanha contra a marcação de cesarianas sem necessidade ou indicação clínica. A medida faz parte do Movimento Parto Adequado, iniciativa voltada a promover boas práticas de saúde materna e infantil.

O agendamento do parto por meio de cesariana, realizando o parto em momento distinto de quando o bebê está pronto para nascer, pode provocar riscos tanto à saúde da gestante quanto da própria criança.

A agência reguladora aponta que cesáreas sem indicação clínica podem contribuir para hemorragias, dificuldades na adaptação à amamentação e infecções puerperais. Para os bebês são mais frequentes prematuridade, hipoglicemia, icterícia e dificuldade de manter a temperatura corporal. 

Conforme o Painel de Indicadores de Atenção Materna e Neonatal, a maioria dos partos em hospitais privados em 2019 (37,3%) ocorreu entre a 37ª e a 38ª semana. Neste momento, os órgãos vitais do bebê ainda estão completando sua formação, razão pela qual a interrupção da gestação pode trazer consequências prejudiciais. O tempo ideal é de 39 semanas.  

Segundo dados da ANS, 80% dos partos foram por meio do procedimento de cesariana em 2020. No total, foram 484 mil nascimentos, sendo 400,2 mil fazendo uso do procedimento cirúrgico.

A agência nota um aumento do agendamento de cesarianas em feriados e em períodos quando há um costume maior de trabalhadores de marcarem férias, como é o caso do período entre os meses de dezembro e fevereiro.

As cesarianas podem ser um recurso importante, na avaliação da ANS. Não em razão de uma conveniência, mas sim quando houver uma necessidade clínica, indicada claramente pelo médico responsável.

O Movimento Parto Adequado é uma iniciativa da ANS em parceria com o Hospital Albert Einstein e com o Ministério da Saúde. Entre as ações estão projetos para incentivar novas formas de atenção à gestação, evitando riscos desnecessários.

São medidas recomendadas pelo movimento o acompanhamento pré-natal adequado, a ampliação de equipes multiprofissionais de plantão para apoiar ou realizar o parto e incentivo a métodos sem o uso de remédios para aliviar a dor durante este processo, como uso do chuveiro.

Fonte: Agência Brasil

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