Mesmo com todas as evidências científicas sobre a eficácia das vacinas na prevenção de uma variedade de doenças, bem como a sua segurança, existe um crescimento perigoso em diversos países de grupos que decidem por não se vacinarem e nem aos seus filhos por medo dos programas de imunização.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) colocou a chamada “hesitação vacinal” entre as dez maiores ameaças à saúde global.
Uma pesquisa realizada pelo Wellcome Global Monitor, conduzida em 140 países mostrou que apesar do crescimento da desconfiança em cima da vacinação em algumas regiões do mundo, os brasileiros ainda acreditam na importância dessa imunização ao menos na infância.
Aqui os participantes foram entrevistados entre os dias 19 de julho e 22 de agosto do ano passado, a pesquisa obteve uma margem de erro de 3,6 pontos percentuais.
O pesquisadores entrevistaram mil pessoas em todo o país, onde 97% “concordaram fortemente” ou simplismente “concordam” que a vacinação das crianças é de suma importância. Uma proporção acima da média global que foi de 92%, também foi superior aos índices dos países vizinhos como o Peru (95%), Uruguai (94%) e o Chile (89%).
Já a respeita da eficiência da ação das vacinas, essa proporção fica inferior a média global (84%), onde 81% dos brasileiros “concordaram fortemente” ou apenas “concordaram” com a assertiva de que a vacinação realmente funciona.
O índice continuou maior do que os registrados no Peru (70%) e no Uruguai (75%), mas perde para o de países como Colômbia (82%), Argentina (89%), México (91%) e Venezuela (94%).
As vacinas são responsáveis pela proteção de bilhões de pessoa, elas permitiram com que a infecção nativa da varíola fosse erradica, processo que está quase acontecendo com a poliomelite.
Entretanto, doenças antes controladas pelas vacinas e que são extremamente contagiosas e difíceis de combater, então retornando. Muitos especialistas creem que uma das principais razões são os movimentos antivacinas e o grande número de pessoas desinformadas ou com medo da vacinação.
O retorno desses surtos, como aconteceu na Europa, levanta muitas polêmicas sobre o assunto e sobre quais medidas devem ser tomadas para combater essa questão: como no caso do projeto de lei alemão para obrigar os pais a vacinarem seus filhos.
“A hesitação vacinal tem o potencial, pelo menos em algumas regiões, de colocar em risco o progresso que o mundo conseguiu fazer nas últimas décadas em relação a doenças evitáveis.” — Ann Lindstrand, especialista em imunização da OMS.
“Qualquer ressurgimento dessas doenças são passos inaceitáveis que damos para trás.”
Fonte: G1