Droga será fornecida para o SUS no tratamento de pacientes com AME tipos 2 e 3

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Governo já havia disponibilizado o Spinraza para pacientes com AME tipo 1, agora o medicamento será liberado para os tipos 2 e 3 também.

O Ministério da Saúde comunicou nesta última quarta-feira (12/06), passará a oferecer o Spiranza — medicamento utilizado para o tratamento de portadores tipo II e III de Atrofia Muscular Epinhal (AME), uma rara condição degenerativa de origem genética — através do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Atrofia Muscular Espinhal possui quatro tipos principais, sendo a Tipo 1 forma mais grave, sendo conhecida como doença de Werdnig-Hoffmann. Podendo se manifestar já em fase intra-uterina até os seis meses de idade, durante a gravidez exisre uma reduzida movimentação do feto, após o nascimento os sintomas mais característicos apresentados pelo bebê são: fraqueza muscular acentuada, dificuldades respiratórias e problemas na sucção e deglutição.

Sendo que, os incessantes problemas respiratórios são os principais motivadores de morte pela doença.

Não há cura definitiva para AME, o diagnóstico é realizado através de testes genéticos em pacientes que apresentam perda de força muscular e hipotonia proximal. O tratamento é feito por meio da associação de fisioterapia com o uso de aparelhos ortopédicos e equipamentos especiais, prevenindo o desenvolvimento de escoliose e possibilitando um aumento na qualidade de vida e autonomia das crianças vítimas da doença.

O governo havia incorporado este mesmo fármaco para o tipo I em abril deste ano. Agora essas novas aquisições serão as primeiras a serem obtidas mediante compartilhamento de risco, uma nova categoria de compra empregada pelo SUS.

Sendo o único recurso medicamentoso disponível para a AME, o remédio é administrado em seis frascos com 5 ml durante o primeiro ano, e do segundo em diante, a dose aumenta para três frascos.

Espera-se que a medicação, indicada para o tratamento dos três tipos da doença, já esteja acessível aos pacientes a partir de outubro deste mesmo ano.

A decisão foi tomada com base em uma variedade de estudos que explicitam a competência da droga em cessar a progressão da AME em direção a quadros mais graves que costumam ser prevalentes na maior parte dos portadores.

“Medidas inovadoras como essa, nos permite aumentar o acesso da população a esses tratamentos, e ao mesmo tempo, garantir a sustentabilidade do SUS. Queremos suprir não só a necessidade pelo tratamento medicamentoso, mas todas as etapas de atenção dessa população de pacientes”— Denizar Vianna, secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.
No ano passado, o atendimento de 90 pacientes veio a partir de demandas judiciais que exigiam o fornecimento do Spinraza, sobre o custo de R$ 115,9 milhões. O tratamento de cada um dos doentes correspondeu, em média, a um custo de R$ 1,3 milhões.
Atualmente, o número de pacientes subiu para 106 e a droga era angariada por meio da rede pública custando até R$ 420 mil por ampola. Posteriormente, a determinação de um teto de preço para a medicação pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), verificou-se uma queda de 50% em comparação ao adquirido em 2017.
A inserção assegura a compra anual centralizada pelo Ministério da Saúde, uma vez que haverá negociação do valor com a empresa fabricante, os gastos serão reduzidos ainda mais.

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