O potencial da ibogaína no tratamento da dependência química já foi foco de diversos
estudos em animais envolvendo diferentes drogas de abuso . A ibogaína mostrou reduzir alguns sintomas característicos da abstinência em animais dependente de morfina,como a escavação, os saltos , a auto limpeza, o ranger dos dentes e a diarreia . Essa redução foi observada em diferentes estudos em que todos administraram uma única dose de ibogaína, porém em diferentes dosagens e por diferentes vias de administração, após a aplicação de um antagonista de morfina, como por 29 exemplo, a naloxona, que induzia o processo de abstinência ao interromper os efeitos do opióide no organismo.
Outros estudos demonstraram que a ibogaína também foi capaz de reduzir em ratos e
camundongos, a auto administração da própria morfina e outras drogas como cocaína
e heroína , além de diminuir a preferência por cocaína em um modelo de consumo oral por escolha de preferência .
Existem diversos modelos experimentais em animais para avaliar a eficácia de
tratamentos contra a dependência a drogas de abuso.
Foi testado a ibogaina a partir da diminuição na auto ingestão de drogas de abuso utilizaram o modelo de condicionamento operante, que consiste no uso de
ratos treinados para se auto administrarem drogas por via intraperitoneal (IP), subcutânea
(SB) ou intracerebroventricular (ICV). Nesse modelo, os ratos passaramor sessões diárias,
onde foram modelados a emitir uma resposta-operante(como por exemplo,pressionar uma barra) para conseguir inicialmente água (fase de treinamento), que depois é substituída pela droga, sendo observado que em alguns estudos é utilizado um estimulo (luz ou barulho por exemplo) para que a resposta-operante seja emitida. Ao se esforçarem para pressionar a alavanca, os ratos são recompensados recebendo uma dose da droga, que tende a causar dependência, criando uma relação de dependência entre ação de pressionar a barra e a recompensa em receber a droga.
Fonte:Farmácia-UFRJ