O BPA é um produto químico sintético, baseado em carbono, utilizado
na manufatura de resinas epóxi e policarbonato e, portanto, presente em praticamente
todos os plásticos que conhecemos. Esse composto é considerado um
desregulador endócrino, com diversos estudos apontando seus efeitos na reprodução,
nos hormônios da tireóide, entre outros, podendo gerar diversas doenças
como câncer de mama e próstata, diabetes, hiperatividade, problemas cardíacos
etc.
A contaminação por BPA em pequenas quantidades, se dá através da lixiviação
de polímeros em contato com alimentos e água, especialmente quando
aquecido . Recentemente, a exposição do BPA tem sido considerada
como um problema de saúde pública devido aos seus efeitos sobre o sistema
nervoso central ;obesidade;
alterações reprodutivas e relação com o surgimento do câncer de próstata e
mama . Partindo dos relatos de diferentes estudos sobre os efeitos
do BPA em variadas concentrações de exposição e modelos experimentais, como
também os períodos de exposição considerados mais críticos para o desenvolvimento
do organismo, principalmente crianças, muitas instituições (Agência de
Proteção Ambiental dos Estados Unidos – EPA – EUA e Agência Nacional de Vigilância
Sanitária do Brasil – ANVISA) estão alertando ou proibindo e fiscalizando
a adição do BPA nos produtos industrializados de uso no dia a dia. Considerando
este cenário, projetos de extensão envolvendo este e outros contaminantes
emergentes tem sido realizados em escala nacional e global, e a maioria destes
trabalhos em escolas ou maternidades.
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