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As impressoras 3D e o futuro da cultura de tecidos

As impressoras 3D e o futuro da cultura de tecidos

Testar e experimentar em tecidos biológicos se faz fundamental para um melhor entendimento do funcionamento dos mecanismos naturais e como moldá-los ao nosso favor.

Um método muito utilizado para estes estudos é a cultura celular em placas de Petri, entretando esse método nem sempre produz resultados fidedignos a realidade dos sistemas biológicos, isso porque para que as células realizem suas funções corretamente é necessário um suporte estrutural muito específico.

Para proporcionar tal ambiente às culturas celulares, os engenheiros de tecidos direcionam seus esforços no uso de impressoras 3D para a produção sob medida de pequenas estruturas de suporte ou andaimes (scaffolds), onde as células são aplicadas. Com isso as células crescem e se desenvolvem.

Conforme o progresso das pesquisas no campo da engenharia de tecidos, os métodos para se imprimir essas estruturas também avançam. Esses avanços e melhorias contribuem para tratamentos com medicação mais eficientes para doenças como o câncer, bem como, auxiliar a completar órgãos artificiais apropiados para transplante.

Cho Dong-Woo, da da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pohang, e Sun Ha-Paek, do Hospital da Universidade Nacional de Seul, desenvolveram um método para a impressão de estruturas tridimensionais com base em células de glioblastoma— um câncer agressivo que inicia seu desenvolvimento no cérebro e rapidamente cria resistência a medicação.

Cultivar amostras das células cancerígenas do paciente para atacar o tumor com diversas combinações de fármacos até que se encontre um coquetel competente, é uma das formas das melhores formas de tratamento.

As células de glioblastomas implantadas na estrutura se tornam maduras e desenvolvidas dentro de um período de duas semanas, podendo então ser utilizadas no estudo de novas fórmulas para combater o câncer— como foi relatado pelos pesquisadores na Nature Biomedical Engineering, ao que tudo indica, um sucesso.

Já no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Filippos Tourlomousis empenhou-se em conjunto com um time do Stevens Institute of Technology, em Nova Jersey, na produção de um scaffold fabricado com fibras de polímero que possuem apenas um 0,01 milímetro de largura. A equipe aplicou um campo elétrico entre o bocal de impressão e a superfície aonde as fibras seriam impressas, e utilizou-se disso para delinear as fibras.

Os pesquisadores narram em Microsystems and Nanoengineering, que as células tiveram capacidade para se aderir perfeitamente ao novo scaffold e se desenvolveram uniformemente— fênomeno fundamental para que o procedimento sucedesse em um órgão transplantável. A equipe observou que determinadas células-tronco apresentaram uma melhor tolerância ao suporte, sobrevivendo mais tempo sem que houvesse perda de suas propriedades, maior do que se estivessem em uma cultura celular em placa de Petri.

A descoberta abre portas para a pesquisa por novos meios de se incitar a geração de tecidos e órgãos para transplante, pelas células-tronco. Além disso, se essas células-tronco especificamente fossem provenientes do próprio paciente a passar pelo transplante, o processo teria uma redução na chance de rejeição.

Fonte: Estadão

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