Covid-19: Revacinação ou reforço em 2022 ainda está em estudo, diz Queiroga

Em audiência no Senado, ministro da Saúde diz que negocia com farmacêuticas o uso dos imunizantes caso seja necessária a aplicação de novas doses no próximo ano

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (21) que o governo ainda estuda a possibilidade da realização de um reforço vacinal contra a Covid-19 em 2022 e que negocia com farmacêuticas mais doses de imunizantes para esse cenário.

“Já traçamos um panorama para o ano de 2022. Neste sentido, além da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ter capacidade plena para produção da vacina com ingrediente farmacêutico ativo (IFA) nacional, estamos em negociações com farmacêuticas, como a Pfizer e a Moderna, para usar esses agentes no ano de 2022, se for o caso – e é possível que seja – de fazermos um reforço”, disse Queiroga, ao participar de audiência na Comissão Temporária Covid-19 do Senado.

“Claro que ainda não temos todas as respostas, todas as evidências científicas a esse respeito, se será necessário fazer uma nova vacinação como hoje, com duas doses, ou se apenas precisaremos do reforço”, completou.

Queiroga disse que também ainda não está claro, no caso da realização apensa de um reforço, se teria que ser usado o mesmo agente imunizante que o aplicado neste ano ou se poderia ser feito com outro agente, no que ele disse se tratar de uma intercambialidade de vacinas.

O ministro disse que também é importante avançar com o desenvolvimento de vacinas nacionais contra o novo coronavírus e citou exemplos como a Butanvac, do Instituto Butantan, Versamune, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. “Todas essas vacinas são alvo do nosso interesse.”

Vacinação completa em 2021

Queiroga também voltou a dizer que a projeção do Ministério da Saúde é completar a imunização de todos os brasileiros com mais de 18 anos até o final de 2021.

“Pelos 600 milhões de doses que já dispomos, é possível antever também que tenhamos a população acima de 18 anos imunizada até o final do ano de 2021, o que consideramos, dentro da condição de carência de vacinas no mundo, uma meta bastante razoável e que faz jus a força e a tradição do nosso Programa Nacional de Imunização.”

Antes, o ministro havia dito que pelo ritmo da campanha nas últimas semanas, esse mesmo público deve terminar de receber a primeira dose das vacinas contra Covid-19 em setembro.

“Em relação à nossa campanha de vacinação, estamos muito seguros que vai caminhar com celeridade, tanto que os estados já tratam uma certa ‘disputa’, no bom sentido, para verificar quem está vacinando mais.”

Ministro prevê melhoria do cenário para setembro

Queiroga afirmou aos senadores que o governo prevê para setembro uma melhora do cenário epidemiológico no Brasil, considerando as ações desenvolvidas pela pasta, pelas secretarias estaduais e municipais, e o progresso da campanha de vacinação.

“Para tanto, além da vacinação, do fortalecimento do sistema de saúde para atender os casos graves, temos que envidar com outras ações, como uma ampla política de testagem”, defendeu.

Ele também disse que em 2020 o país fez poucos testes e não adotou uma “política mais apropriada” de isolamento dos casos positivos bem como dos seus contactantes.

“O Ministério da Saúde já aprovou uma política para testagem, com dois pilares: os testes rápidos de antígenos na atenção primária, dedicados aos pacientes sintomáticos, e os pacientes assintomáticos – algo que talvez não tenhamos colocado em prática como uma política pública coordenada nacionalmente – devem ser testados em ambientes de grande circulação, como metrô, rodoviárias e aeroportos.”

Ele disse ainda que o objetivo é testar até 20 milhões de pessoas todos os meses, sendo 1,8 milhão na rede de atenção primária e os demais no setor público.

Fonte: BBC NEWS

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