UFG desenvolve teste para coronavírus usando chip de baixo custo

Modelo custa quase 40 vezes menos do que um tradicional. Teste também detecta a presença do vírus nos primeiros dias de circulação pelo organismo.

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A Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolveu um chip de baixo custo capaz de detectar o coronavírus ainda na fase inicial. O teste tem o valor quase 40 vezes mais baixo que o de um convencional. A expectativa é que o novo modelo esteja disponível em dois meses.

Esse tipo de chip já é usado pela ciência em outros campos de pesquisa. Porém, nos laboratórios da UFG, ele foi adaptado para detectar a presença do vírus. A aplicação dele é fácil, pois basta colher uma amostra do paciente e colocar no chip junto com reagentes, que são produtos que aumentam o material genético do vírus.

O chip é aquecido por 10 minutos. Em seguida, as substâncias presentes no teste são misturadas. Para isso, basta usar um brinquedo que gira rapidamente e que já foi febre entre as crianças.

Todo o processo leva menos de 2h. O resultado é feito usando uma luz ultravioleta. Nos casos positivos, o chip fica com uma cor verde. Os testes que dão negativo continuam transparentes.

“Requer equipamentos de baixo custo e isso facilita tanto na aplicação quando na coleta de amostra e até mesmo no diagnóstico final. Até uma pessoa que não é enfermeiro saberia ler o resultado”, disse Kézia de Oliveira, aluna de doutorado da UFG.

Valor do teste

O custo para produção dos testes é outro fator que chama a atenção. Enquanto os feitos em laboratórios particulares custam a partir de R$ 200, o chip desenvolvido na universidade custa R$ 5.

Os pesquisadores explicam que, mesmo simples, barato e de fácil utilização, o teste é confiável.

“Comparado ao método padrão ouro, ele é 10 mil vezes mais sensível. Ele consegue detectar 10 mil vezes uma quantidade menor do vírus no corpo do paciente. Isso quer dizer que no primeiro dia que o paciente sentiu os sintomas, você já conseguiria detectar a presença dele ou até mesmo para aqueles que não têm sintomas, mas o vírus já está circulando pelo corpo”, disse a professora e pesquisadora da UFG Gabriela Rodrigues Mendes.

Durante a pesquisa, as mesmas amostras aplicadas nos chips desenvolvidos pela UFG foram aplicadas em outros testes que já estão disponíveis no mercado. O resultado foi o mesmo para ambos.

Agora, os pesquisadores esperam disponibilizar o chip para ser usado no combate ao coronavírus. “Países que conseguiram testar mais a população foram países que conseguiram controlar mais a pandemia. Então, a gente sabe que os testes são extremamente importantes para a quarentena, para isolar o paciente a tempo, dar um tratamento adequado”, completou a professora.

FONTE: Por Vitor Santana, G1 GO

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