O fascinante mundo dos psicotrópicos

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A palavra tem sua origem no grego— Psico, que signica mente, sendo amplamente derivada em termos atuais como psicologia, psicólogo, psicológico e assim em diante. Já quanto ao “trópico”— Vem da palavra também grega tropos, usada para designar atração ou afinidade.

Nesta linha, as drogas psicotrópicas são compostos que tem forte atuação sobre a mente, especialmente sobre o SNC (sistema nervoso central)— provocando efeitos de maneira qualitativa ou quantitativa— ocasionando em alterações na cognição, percepção sensorial, consciência ou comportamento, e no humor.

Essas substâncias normalmente são utilizadas com fins médico-farmacológicos para o tratamento de doenças psiquiátricas e no controle da dor. Também são comumente empregadas em pesquisas científicas, rituais religiosos ou até mesmo de forma recreacional.

Essas drogas são classificadas pela forma com que atuam sobre a mente, são elas:

  • Depressoras: Psicotrópicos que afetam a mente, reduzindo sua atividade e restringindo neurotransmissores estimuladores ou ampliando a quantia de neurotransmissores inibidores. Também são muito conhecidas como psicolépticas, alguns exemplos seriam o álcool, ansiolíticos, narcóticos, solventes inalantes e hipnóticos.
  • Estimulantes: São as substâncias que causam um aumento de atividade cerebral, elevando as taxas de neurotransmissores estimuladores ou agindo em detrimento da liberação de neurotransmissores inibidores. Esse é o caso das anfetaminas, da cocaína e dos antidepressivos, por exemplo— compostos conhecidos como psicoanalépticos, noanalépticos ou timolépticos.
  • Pertubadoras: Drogas com o poder de atingir o tipo de atividade do SNC, sem variar em quantidade, são nomeadas como psicodélicas, psicomiméticas, psicometamórficas ou alucinógenas. Alguns exemplos são: LSD, THC, mescalina e êxtase.

Os psicotrópicos atuam diretamente no SNC, por isso todos são considerados com potencial de causar dependência seja física ou psicológica— também podem resultar em adversidades graves ou mortais, dessa maneira o uso dessas substâncias deve ser administrado e controlado por meios legais.

Entretanto, esse potencial de gerar dependência também sofre influência de vários outras condições, que incluem metabolismo, meia-vida da droga, via de administração e o próprio mecanismo de ação. Os psicotrópicos são um grupo muito heterogêneo de compostos, isso torna qualquer generalização muito incipiente.

A prescrição dos psicotrópicos só pode ser feita por profissionais registrados nos conselhos regionais de medicina, odontologia e veterinária; através de receitas de controle especial, seguindo as listas de medicamentos que foram definidas pela ANVISA.

São elas:

  • Notificação de receita A1 e A2 (amarela): entorpecentes.
  • Notificação de receita B1 e B2 (azul): psicotrópicos e psicotrópicos anorexígenos.
  • Receituário de controle especial (branco): outras substâncias, incluindo alguns ansiolíticos, antidepressivos, antiparkinsonianos, anticonvulsivantes e antipsicóticos.

Esses documentos tem uma validade máxima de 30 dias, devendo prescrever medicamento para suprir apenas no máximo 60 dias de terapia cada. A embalagem dessas drogas são marcadas com tarjas, preta ou vermelha, garantindo venda apenas sobre prescrição e alertando sobre o risco de efeitos agressivos.

Fonte: Hipolabor

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