Proteja a Saúde Materno-Infantil: Conheça a Sífilis Congênita e suas Prevenções

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O Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita se aproxima, e é crucial aumentar a conscientização sobre essa doença sexualmente transmissível que afeta não apenas adultos, mas também recém-nascidos. De acordo com dados do Google Trends, as buscas pelo termo “Sífilis congênita” tiveram um pico neste mês, provavelmente devido à proximidade dessa data comemorativa.

A sífilis congênita ocorre quando uma mãe infectada transmite a doença para o feto durante a gestação ou o parto. Essa forma de transmissão é conhecida como “vertical”. Tanto as gestantes com sífilis não tratada quanto aquelas que realizaram tratamento de forma inadequada representam riscos significativos para o embrião. A transmissão da bactéria causadora da sífilis pode ocorrer em qualquer momento durante a gravidez através da placenta, mas é mais frequente à medida que a gestação avança.

Segundo o infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Hospital Gaffreé e Guinle (Unirio), Marcos Davi Gomes, “gestantes com sífilis não tratada, seja no estágio primário (cancro ou ferida indolor) ou secundário (manchas pelo corpo, palmas e plantas), têm maior probabilidade de transmitir a sífilis aos seus fetos do que mulheres com doença latente (assintomática)”.

Para evitar a propagação da sífilis congênita, o Ministério da Saúde recomenda que as gestantes sejam testadas pelo menos em três momentos-chave: no primeiro trimestre, no terceiro trimestre e no momento do parto ou em casos de aborto. A doença pode causar complicações sérias, como aborto espontâneo, parto prematuro, malformações fetais, surdez, cegueira, alterações ósseas, deficiência mental e até mesmo morte ao nascer.

Surpreendentemente, a maioria dos bebês afetados pela sífilis congênita não apresenta sintomas no nascimento. As manifestações clínicas geralmente surgem nos primeiros três meses de vida ou podem se desenvolver durante os primeiros dois anos da criança. Isso enfatiza a importância do acompanhamento contínuo.

Bebês nascidos de mães com sífilis devem ser cuidadosamente avaliados e submetidos a uma série de testes para descartar a sífilis congênita. Em casos de exposição à doença de mães não tratadas ou tratadas inadequadamente, podem ser necessárias intervenções adicionais, como coleta de amostras de sangue, avaliação neurológica, radiografias dos ossos longos, exames oftalmológicos e audiológicos, e até mesmo internação prolongada.

O tratamento adequado da sífilis durante a gravidez é crucial. De acordo com a médica Ariane de Castro Coelho, ginecologista e obstetra do Centro de Referência em DST/Aids de São Paulo, o tratamento deve ser feito com Benzilpenicilina Benzatina por três semanas, respeitando rigorosamente o intervalo de 7 dias entre as doses. É importante notar que se a gestante for alérgica à penicilina, ela deve ser submetida ao tratamento de dessensibilização, uma vez que o uso de outro medicamento que não a penicilina não é considerado eficaz.

O diagnóstico da sífilis em bebês é baseado na história clínico-epidemiológica da mãe e em exames físicos, radiológicos e laboratoriais da criança. É importante que esse processo seja conduzido de maneira minuciosa para garantir um tratamento adequado.

A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e tem cura, mas quando não tratada, pode resultar em complicações graves, afetando a pele, ossos, coração e sistema nervoso, podendo levar à morte. A doença tem quatro estágios: sífilis primária, sífilis secundária, sífilis latente e sífilis terciária.

O diagnóstico da sífilis pode ser realizado de forma prática e acessível através do teste rápido (TR) de sífilis, disponível nos serviços de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde). Para prevenir a sífilis e outras ISTs, é fundamental usar preservativos regularmente e fazer testes de infecções sexualmente transmissíveis periodicamente.

Se o parceiro sexual for diagnosticado com sífilis, a pessoa exposta deve realizar a profilaxia com penicilina benzatina por via intramuscular, independentemente do resultado de seu próprio exame.

Fique informado, proteja sua saúde e a de seus entes queridos. #Saúde #Sífilis #SífilisCongênita #Prevenção

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