A pesquisa, realizada por cientistas da região de Emilia-Romagna, na Itália, acompanhou 1.182 pessoas que testaram positivo para o novo vírus entre 26 de fevereiro e 22 de abril de 2020. Durante todo o período da análise, os pacientes foram submetidos aos testes para detecção da doença três vezes em um intervalo de quase 40 dias.
s resultados mostraram que 60,6% dos infectados levaram, em média, entre 30 dias, desde o diagnóstico, a 36 dias, depois dos primeiros sintomas, para eliminarem o vírus por completo do corpo. A pesquisa também sugere que houve uma leve alteração no número de dias, que está relacionada à faixa etária.
Nesse sentido, pacientes abaixo dos 50 anos eliminaram o novo coronavírus em 35 dias do organismo. Já pessoas acima de 80 anos precisaram de, em média, 38 dias para se livrar da Covid-19.
Com base nos resultados, a pesquisa emite um alerta sobre o fato de que a ciência ainda não tem dimensão do quanto pode ser infeccioso o paciente com o coronavírus em meio à fase de recuperação.
Falso negativo
Outro detalhe importante observado no estudo é que ao testar os pacientes diversas vezes durante a fase de recuperação, os pesquisadores constataram que a taxa de testes com resultados falsos negativos é relativamente alta no início da infecção por Covid-19. Segundo os cientistas, em média, ocorreram um falso negativo a cada cinco exames realizados.
Casos curiosos
Recentemente, o caso de uma brasileira que ficou infectada pelo novo coronavírus por cinco meses sem apresentar sintomas também gerou repercussão. A história foi revelada por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sendo considerado como o maior período já documentado de infecção pela Covid-19 em todo o mundo.
A pessoa, que não teve sua identidade revelada, foi identificada como ‘paciente número 3’. As únicas informações divulgadas sobre a mulher são que ela é profissional de saúde e mora no Estado do Rio de Janeiro. Em março de 2020, ela foi diagnosticada com a doença, apresentou sintomas leves por três semanas e não ficou internada.
Contudo, testes posteriores revelaram que mesmo após passar os sintomas leves ela continuou com o vírus ativo no organismo. “Essa mulher viveu cinco meses com o coronavírus. O caso dela foi descoberto, porque ela é uma profissional de saúde, mais atenta para o risco de transmissão e desde cedo participou do estudo. Mas suspeitamos que a persistência não é rara. Pode haver muita gente assim, e isso ajuda a explicar por que a circulação do coronavírus continua a se manter”, comentou uma das cientistas que participou do estudo, Luciana Costa, segundo O Globo.
Fonte: ICTQ