Entrevista com o Dr. Antônio Paullo sobre Imagenologia

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Fonte: http://www.jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=3339

O coronavirus faz parte de uma grande família de vírus que causam doenças respiratórias já conhecidos desde os anos 60, a Covid-19 é a doença causada pelo último coronavirus descoberto “SARS-CoV2” no final do ano de 2019, apresentando quadros clínicos que variam em infecções assintomáticas até complicações respiratórias graves.
Os sintomas de maior prevalência são: febre, tosse, corisa, dor de garganta, dispneia (dificuldadepara respirar), mialgia (dor muscular), e em casos graves da doença alguns pacientes evoluem para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), vindo a necessitar de ventilação mecânica (VM).
Sua transmissão ocorre entre o contato de uma pessoa contaminada para outra devido o contato próximo por meio de; aperto de mãos, gotículas de saliva, tosse, espirros, secreções, alem de objetos e/ou superfícies contaminadas.
O diagnostico se inicia através da clínica do paciente, e seu histórico epidemiológico. Exames laboratórias como de biologia molecular (RT-PCR em tempo real) que possibilita o diagnostico tanto para Covid-19, Influenza, Virus Sincicial Respiratório (VSR), e teste imunológico (teste rápido) que detecta a presença de anticorpos presenta em amostras após o sétimo dia de inicio dos sintomas, tem sido utilizados para confirmar a clínica para Covid-19.
Dentre os exames de imagem a Tomografia Computadorizada (TC) têm-se destacado como padrão ouro para o diagnostico das complicações oriundas da infecção por Covid-19, valendo ressaltar que a Sociedade de Radiologia Torácica Norte Americana não recomenda de rotina o exame de TC detórax como triagem de pacientes suspeitos, e sim, restrita a pacientes que testaram positivo para a patologia e com complicações respiratórias.
Achados inicias da TC incluem áreas de opacidades em vidro fosco bilaterais, acometendo regiões periféricas e de predomínio nos lobos inferiores, entretanto, não elimina a possibilidade de se encontrar alterações unilateral. A progressão da doença demonstra alterações em mosaico e áreas de consolidação parenquimal, observados na figura acima.

No entanto, tais achados não são exclusivos para Covid-19, outras infecções pulmonares também podem apresentar imagens semelhantes, o diagnostico definitivo deve-se ser a associação da clínica médica, dados epidemiológico, teste de RT-PCR, e, em complicações respiratórias TC de tórax.

Fonte: Dr.Antônio Paullo

Referências:

Chate RC, Fonseca EKUN, Passos RBD, Teles GBS, Shoji H, Szarf G. Apresentação tomográfica da infecção pulmonar na COVID-19: experiência brasileira inicial. J Bras Pneumol. 2020;46(2):e20200120

FARIAS,Lucas de Pádua Gomes de; Helena Alves CostaPEREIRA; ANASTÁCIO, Eduardo Pinheiro Zarattini; MINENELLI, Fernanda Formagio; TELES, Gustavo Borges da Silva. O sinal do halo como achado na tomografia computadorizada de tórax do COVID-19.einstein (São Paulo), São Paulo, v. 18, eAI5742, abril de 2020. https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2020AI5742

SANTOS, Maria Lúcia de Oliveira et al . Opacidades em vidro fosco nas doenças pulmonares difusas: correlação da tomografia computadorizada de alta resolução com a anatomopatologia.Radiol Bras, São Paulo, v. 36,n. 6,p. 329-338, dez. 2003 . Disponível em . acessos em 30 abr. 2020. Saúde, Ministério; Coronavírus (Covid-19); Disponível em: Acesso em: 28/04/2020.

Primeira parte da entrevista:

Segunda parte da entrevista:

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