Alexis Descath, um dos autores do estudo, afirma estar surpreso com os resultados e frisa a necessidade mais pesquisas sobre essa questão. De acordo com a pesquisa realizada pela equipe francesa, pessoas com jornadas de várias horas de trabalho aumentam a suas chances de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) e, além disso, aqueles que passaram várias anos seguindo essa rotina possuem um risco ainda maior.
Os dados, retirados de quase 144 mil pessoas, foram examinados pelos cientistas a fim de associar os riscos de um indivíduo sofrer de AVC com variáveis como idade, sexo, tabagismo e horas de trabalho.
Esse tempo foi considerado extenso quando era superior a 10 horas em no mínimo 50 dias no ano. A relação ficou ainda mais evidente na faixa dos menores de 50 anos que passaram por essas longas jornadas de trabalho durante mais de 10 anos.
“Eu também enfatizaria que muitos profissionais de saúde trabalham muito mais do que a definição de longas jornadas de trabalho e também podem estar em maior risco de acidente vascular cerebral”— declarou Descatha em comunicado.
“Como médico, aconselho meus pacientes a trabalhar com mais eficiência e planejo seguir meu próprio conselho.”
O Ministério da Saúde brasileiro enfatiza que, fatores como doenças cardíacas, hipertensão arterial (pressão alta), diabetes mellitus, enxaqueca, uso de anticoncepcionais hormonais, fumo, sedentarismo, ingestão de bebidas alcoólicas e obesidade estão associados com o AVC.
O acidente vascular cerebral é uma das maiores causas de morte, incapacidade adquirida e internações no mundo todo.
Fonte: Galileu