Tida como o “mal do século” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é definida como a perda ou redução do interesse e prazer pela vida, sendo causa de sofrimento e prostração, muitas vezes sem que haja um motivo aparente.
A doença ainda é um desafio para médicos e especialistas, afetando 320 milhões de pessoas no mundo todo. Parte desse desafio está na variabilidade dos quadros, sendo uma consequências de condições fisiológicas, psicológicas e sociais.
A Depressão Maior — Sendo a forma mais comum e genérica da doença, se divide em leve, moderada e grave. Cada nível necessita de uma diferente abordagem na terapia, mesmo nas sua forma mais fraca não deve ser ignorada.
É o tipo mais comum e genérico. “Seus sintomas são tristeza, angústia, desânimo, culpa e alterações no sono, no apetite, na concentração e na libido que persistem por muito tempo”— Volnei Costa, psiquiatra da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos.
O tratamento se apoia na mudança do estilo de vida como prática exercícios físicos, recomendação dada por todos os especialistas, bem como a utilização de antidepressivos e psicoterapia.
A Distímica — Apesar de estar caindo em desuso, ainda é possível encontrar profissionais que reconhecem essa forma do distúbio. Os sintomas são consideravelmente mais leves, chegando a ser quase que impercebíveis, podendo durar por até mais de dois anos.
O paciente, por fim, geralmente se acostuma e convive com o distúrbio sem discutir o tema com ninguém, não importa os danos que estejam sendo causados durante a rotina.
Contudo, existe a possibilidade de agravamento do quadro, podendo ocasionar em sérios problemas para a saúde tanto mental quanto física. O tratamento da doença é feito de uma maneira mais estratégica, valendo-se de psicoterapia. Ao longo das sessões, é possível detectar os sinais e meios mais cabíveis para restringir os sintomas.
Mesmo assim, realização de atividades físicas sempre é algo a se recomendar na hora de levantar o astral dos pacientes.
A Atípica — “Ela segue um padrão peculiar: em vez de sonolência excessiva, dá insônia. Enquanto nas outras há perda de apetite, nela ocorre um aumento na ânsia por comer” — Ricardo Alberto Moreno, médico do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
A variação, mesmo tendo esse nome, predomina e geram muitos questionamentos nos especialistas, justamente por essas peculiaridades. Além dessas particularidades, existe uma agravemento dos sintomas ao final do dia e variações de humor são causadas em conjunto com irritabilidade.
Para mais do uso de antidepressivos básicos, os pacientes passam por uma avaliação psiquiátrica para determinar a necessidade do uso de fármacos estabilizadores de humor — muito usados no controle de outros transtornos, tais como bipolaridade.
A Sazonal — Não muito difundida no Brasil ou em outras regiões de temperaturas elevadas e clima ameno, porém essa doença se expressa em diversos países — como Canadá, Islândia, Dinamarca, Noruega e no norte dos Estados Unidos — onde existe escassez de luz natural durante o inverno.
O dia nessas regiões começa à tarde e já escurece novamente por volta das 14-15 horas, essa falta de sol tem um impacto muito negativo sobre certos indivíduos, que acabam por ficar deprimidos nessas épocas extremamente frias.
Além do tratamento básico já conhecida (medicação, terapia e mudança de hábitos), outro método que se faz bastante satisfatório consiste em manter os pacientes durante um certo tempo dentro de uma câmara iluminada — a chamada fototerapia, beneficia algumas partes do cérebro.
Fonte: Saúde.