O dipositivo utilizado por pessoas que não querem mais fumar cigarros tradicionais, prejudica a travessia de muco pelo trato respiratório e pode aumentar o risco de bronquite.
Uma vez que o processo de desidratação dos fluídos aumenta a viscosidade do muco, o aparelho fragiliza os brônquios deixando-os mais passíveis a infecções, aumentando portando os riscos de desenvolver bronquite.
“O estudo foi iniciado a partir de uma pesquisa do nosso time sobre a influência do tabaco na depuração mucociliar das vias respiratórias. A nossa questão principal era se a vaporização que continha nicotina teria efeitos negativos na habilidade de limpar secreções das passagens aéreas de modo similar ao cigarro convencional.”— Matthias Salathe, professor de cuidados médicos na Universidade do Kansas.
De acordo com o especialista, os cigarros eletrônicos têm um poder maior para lançar nicotina no organismo (vias aéreas) do que o cigarro comum— uma vez que, existe uma maior concentração do princípio ativo do tabaco que permanece por mais tempo no sistema respiratório do organismo. Esse mecanismo funciona dessa maneira porque a absorção da nicotina pela corrente sanguínea, nas versões eletrônicas, é menor.
“Vaporizar nicotina também apresenta riscos. No mínimo, aumenta o risco de brônquite. Nosso estudo, junto de outros, pode questionar os cigarros eletrônicos como uma armadilha para aqueles fumantes que usam o método para reduzir o fumo”— conclui Salathe.
Fonte: Galileu