Sendo um reflexo direto, em especial de práticas como o tabagismo— a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) provoca cansaço gradativo e constante, além de dificuldades ao respirar, algo que pode acabar sendo um obstáculo sério em uma série de atividades. De acordo com o Ministério da Sáude a DPOC é responsável pelo óbito de aproximadamente 40 mil brasileiros anualmente, algo equivalente a cerca de quatro mortes por hora, gerando aos cofres públicos um gasto por volta de R$ 100 milhões por ano.
Segundo a Organização Mundial da Sáude (OMS), as projeções apontam que, a DPOC será a terceira maior causa de morte no mundo— em 2020.
Foi aprovado no dia 13 de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento, desenvolvido pela gigante farmacêutica Boehringer Ingelheim, Spiolto® (brometo de tiotrópio + olodaterol) para o tratamento de pacientes que sofrem com DPOC seja em grau moderado, grave ou muito grave, sendo incluso quadros de bronquite crônica e enfisema pulmonar.
A elaboração do fármaco visa restringir o processo de obstrução do fluxo de ar, reduzindo a dispneia associada e beneficiar a tolerância ao exercício— melhorando a qualidade de vida do paciente.
Os sintomas iniciais da doença são: Cansaço, tosse, pigarro e falta de ar. Esses primeiros indícios são facilmente confundidos com sintomas de envelhecimento, isso prejudica o diagnóstico, fazendo com que a DPOC seja detectada em um grau avançado onde o pulmão do indivíduo já está comprometido em demasia.
Atualmente, existem algumas drogas de aplicação inalatória para o tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, tais quais como corticoides inalatórios (ICS), beta-agonistas de longa duração (LABA) e antagonistas muscarínicos de longa duração (LAMA). A doença em seu grau moderado, na maioria dos casos, costuma ser controlada com a combinação entre esses dois tipos de medicação.
Analisando o panorama desses pacientes, o Spiolto® foi desenvolvido a partir da combinação de dois compostos, LABA e LAMAii-v. Sendo um tratamento brocondilatador de administração diária que arrefece os sintomas da DPOC nos pacientes adultos, a droga é um composto do tiotrópio— princípio ativo da droga Spiriva®, aprovada no país desde 2003— associado com o olodaterol (Striverdi®), que tem como papel potencializar a atuação do tiotrópio.
Desde os estágios iniciais— onde o quadro desses pacientes requer terapias de manutenção— o medicamento promove uma recuperação relevante da função pulmonar, reduz os sintomas da DPOC e proporciona uma melhor qualidade de vida quando comparado com o efeito isolado do tiotrópio.
A aplicação do Spiolto® é administrada com o uso do dispositivo Respimat®, sendo este o único inalador acessível que fornece uma “névoa suave”, isso permite as pessoas inalarem a medicação sem muito esforço. A DPOC, mesmo em sua forma mais branda, ocasiona em dificuldade inspiratória e esse fator pertuba a capacidade do paciente de inalar a droga de maneira apropriada. O Respimat® propicia a absorção do medicamente, não importando o comprometimento da capacidade do paciente para inalar, isso possibilita que o tiotrópio e olodaterol tenham uma ação mais completa e alcancem camadas mais profundas do pulmão.
Tanto as recomendações para o tratamento da DPOC pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (TBPT), quanto as diretrizes globais de tratamento GOLD (Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease) tratam a dupla brocondilatação como elemento central para o método terapêutico de pacientes sintomáticos— sofrendo a dispneia.
De acordo com a Boehringer— a vantagem do Spiolto® para a qualidade de vida dos pacientes, está na praticidade de se ter os dois compostos reunidos em apenas uma aplicação. A droga foi reconhecida como tratamento de adultos com DPOC no Japão, Europa, México, Estados Unidos e outros. Garantindo alívio dos sintomas e uma recuperação eficiente da função pulmonar, o medicamento resulta em uma qualidade de vida superior aos pacientes e promove uma melhora em relação a prática de atividade física e outras atividades rotineiras desses indivíduos.
Fonte: Guia da Farmácia