O uso de fones de ouvido é um hábito extremamente comum e que vem crescendo na contemporaniedade, entretanto o uso desses dispositivos pode acarretar em complicações severas para a audição. O número de pessoas que têm como costume o uso diário desses aparelhos é cada vez maior, expondo as pessoas a sons altos rotineiramente, algo extremamente prejudicial para a saúde.
Essa junção entre o tempo de uso dos fones e o volume é o que gera o dano. Isto ocorre porque, geralmente, se classifica como inofensivo a saúde sons que obecem um limite de 50 decibéis (dB) com exposição máxima de oito horas diárias. Esse limite é quebrado todos os dias, pela maior parcela dos usuários.
Até 2050, segundo projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 900 milhões de pessoas ou mais desenvolverão alguma espécie de problema na audição, provocado pelo uso descomedido dos fones de ouvido. Sendo que a classe mais atingida são jovens na faixa dos 12 a 35 anos.
O excesso de ruído pode promover dois tipos de perda auditiva: Existe a perda temporária, onde indivíduos expostos em ambientes fechados ou abertos à graus elevados de ruído por bastante tempo. E também é possível que se tenha a perda contínua, onde a audição não se restaura naturalmente— sendo esta a forma a qual usuários de fones de ouvidos, que exageram no volume e no tempo de exposição, são mais suscetíveis a desenvolver.
Outros grupos de risco para desenvolvimento de problemas auditivos, para além dos usuários de fones de ouvido, tais como pessoas que trabalham em ambientes com alta poluição sonora, acima do aceitável, permanecendo por várias horas diariamente nestes locais. Outro bom exemplo, são jovens que frequentemente visitam casas noturnas.
O zumbido é um dos sintomas costumeiros do abuso capacidade auditiva, se manifestando como um ruído semelhante ao som de apito.
É vital o cuidado com o volume do som que, idealmente, não deve jamais ficar no máximo ou a ponto de bloquear os demais sons ao redor. Vale a pena lembrar que, a depender do modelo do fone, esse som se amplifica— causando maiores danos e riscos à audição.
A maneira mais eficiente de utilizar esses dispositivos e atenuar suas sequelas, seria procurar preferencialmente por modelos que apresentem uma melhor capacidade de isolamento acústico e fazer o uso nos dois lados— direito e esquerdo— simultaneamente a todo momento. A prática de escutar utilizando apenas um lado pode, gradativamente, gerar perda auditiva assimétrica.
Partilhar fones de ouvido também não é recomendado. Além disso não se deve inverter os lados do fone ou alterna-los, utilizando sempre cada um em seu ouvido correspondente, para que assim se evite a transmissão de infecções e outras doenças entre pessoas e de um ouvido para o outro.
É imensamente aconselhável acondicionar esses dispositivos em locais devidamente higienizados, além da limpeza com o uso de panos umedecidos em álcool antes e imediatamente após o uso dos mesmos.
Fonte: G1, Qualidade em Saúde;