Novas perspectivas sobre a microbiota

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Uma recente publicação realizada pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL CCF), ‘’Microbioma e probióticos: do intestino a Marte’ ’esclarece algumas dúvidas a respeito de questionamentos presente no meio cientifico quando a importância do microbioma para o equilíbrio fisiológico e a sobrevivência da nossa espécie.

Esse tema tem sido bastante questionado nos últimos anos, principalmente pela sua compatibilidade com algumas doenças crônicas, cujo as causas ainda são uma incógnita, como a obesidade por exemplo. Já é sabido que o nosso sistema imunológico basicamente se resume em imunidade inata e imunidade adquirida, essa última por sua vez, será subdivida em Humoral e celular. Na imunidade inata, por exemplo nós temos diversos mecanismos de defesa, tendo como a nossa primeira barreira física, a pele , o maior órgão do nosso corpo, o fato das células epiteliais serem posicionadas de maneira justapostas ,confere um mecanismo de defesa, dificultando a passem de microrganismos, além disso as próprias células epiteliais produzem substancias com ação antibiótica como defensinas e catelicidinas, também irá atuar no processo de defesa do organismo, outros eventos irão ocorrer e além desses mecanismos ‘’inatos’ ’temos a presença de diversos microrganismos e diversas partes do nosso corpo que também confere uma proteção contra os patógenos externos, o que chamamos de microbiota ou microbioma (É o conjunto de bactérias e outros microrganismos que habitam o nosso corpo) o ponto chave da questão, é que a imunidade ela se inicia a partir do momento do nascimento do bebê, diversos autores citam entre tantas vantagens do nascimento de parto normal, o fato de que o  feto ao passar pelo canal vaginal e entrar em contato com a microbiota local, dá-lhe esse primeiro contato com microrganismos.

Esse artigo, que foi citado  no início desta publicação, pela ABORL CCF, traz uma descoberta que irá ,mediante mais estudos justificar alguns problemas de saúde comuns entre os recém nascidos, foi identificado a presença de bactérias, como lactobacilos, bifidobactérias, enterococos e clostridios, tanto no útero, na placenta e no líquidos amniótico ,entretanto esses mesmos microrganismos, também foram identificados no mecônio de recém-nascidos, o que é uma surpresa.

São poucos os trabalhos desenvolvidos nessa linha de raciocínio, mais com esses indícios já é possível traçar uma vertente sobre as doenças pré e perinatais, como alergias, alterações metabólicas e alguns distúrbios de comportamentos, como o próprio artigo cita, regular essa microbiota com o uso de probióticos pode um ser um avanço no tratamento de diversas doenças, como as citadas anteriormente.

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